sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

GENTE NOVA NO PEDAÇO


É o tal de 4MM chegando!!!!!!!!! De longe, a melhor notícia do ano.
Pra fechar com chave de perna, oops, de ouro.
Ano Olímpico esse, em todos os sentidos. Não fui à Pequim, mas corri um bocado nos treinos do Ibira; atrás de trabalho; atrás de idéias e atitudes novas; para estar ao lado dos queridos; para superar as depressões, enfim, para viver melhor. E a sensação é que consegui!
E eis que no meio de uma crise global, que ameaçava dificultar meu caminho , surge uma sementinha "tiquitita" para me encher de esperança em 2009, 2010, 2011...
Benvindo 4MM!

2008


O texto ficou meio apagadinho para retratar exatamente a dificuldade de enxergar nesses momentos!!!!!!!!!!! Faça um esforço, vale a pena.

sábado, 14 de junho de 2008

"FICAR PARA SEMENTE"!!!!!!!!!


São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2008
HISTÓRIA VIVA

Tamareira brota de semente de 2.000 anos e passa bem
(DA ASSOCIATED PRESS)
Com pouco mais de três anos de idade e cerca de 1,2 metro de altura, Matusalém cresce bem. "É linda", disse Sarah Sallon, sobre a tamareira cujos pais podem ter fornecido alimento para os judeus cercados na fortaleza de Massada há 2.000 anos.A pequena árvore brotou em 2005 a partir de uma semente recuperada da região, onde judeus rebelados cometeram suicídio para não se renderem aos romanos.Uma datação por radiocarbono de fragmentos daquela semente, e de outras achadas no local que não chegaram a brotar, indica que ela tinha 2.000 anos. É, portanto, a mais antiga semente conhecida a gerar uma árvore.Sallon, diretora do Centro de Pesquisa médica Hadassah, em Jerusalém, atualizou a saga de Matusalém na revista científica "Science" (www.sciencemag.org).Os pesquisadores ainda não sabem se a árvore é menino ou menina -só poderão descobrir quando ela tiver seis ou sete anos.A análise do DNA mostrou que a árvore não é muito parecida com variedades atuais de tamareira. Antes de Matusalém, uma semente de lótus de 1.300 anos era a mais antiga a originar uma planta.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

CUMADIS

Vontade de prosear, sô!
O dia foi cheio, minha cabeça tá cheia de minhocas (boas), não se preocupem, tô exausta e feliz!
Nada como um injeção de ânimo para rosear um pouco a vida, né? Ai, ai!
Tô assim suspirando o dia todo porque ontem, encontrei um moço que balançou meu coreto. Pode? Não dava um tostão furado por ele... e ainda tenho dúvidas, se darei.
O caso é que resolvi encarar a possibilidade de dar e só isso já serviu para tornar a vida mais rosa, entende?
Mas, como diz o seo Arnaldo, "é o pensativo que acaba com a pessoa".
Já deu para notar que não foi nada avassalador, mas já causou estragos. Sabe quando te pega no contrapé???! Pois é assim que tá rolando.
Logo, logo saberemos se é namoro ou amizade ou carência ou delírio ou ...
Ai, ai, ai.
Inté!

À QUATRO MÃOS...


Escuta essa!

"Caraca! Hoje aconteceu o que eu temia. Tive que enfrentar o trânsito infernal de Sampa. Ossos do ofício!

O destino foi Guarulhos, 14h00, visitar a obra da prima que casa daqui um mês e quer casa.
Portanto, compromisso inadiável mesmo. Os contratempos da obra serão um capítulo à parte.

O retorno se deu às 17hs, por rota alternativa, pois, na ida, a Marginal já indicava a situação sinistra na volta. Aproveitando a ocasião temida, optei por enfiar o pé na jaca e resolver uma parada pessoal.

Graças à inspiração divina, depois de uma hora para ir do Campo de Marte ao Anhangabaú (para quem não conhece, um percurso de aproximadamente 5 km), vazei pela 09 de Julho para pegar o Minhocão, segundo indicação do meu irmão "GPS Ronison". Bingo, estava lotado, mas andava!

A parada valia a pena, portanto meu nível de stress tava dominado. Tão dominado que o cara do carro ao lado abaixa o vidro (insufilmado) e resolve me dizer que eu tenho um rosto lindo e que queria meu telefone.

Gentem! Vocês têm noção do que é isso depois de quase 2 horas no trânsito, sem poder ligar o ar condicionado por estar febril de resfriado e com a gasolina na reserva????!!!!!

Agradeci e não acreditei que aquele almofadinha na Mercedez preta tava dando mole pra mim. Claro! Ele insistiu (não se esqueça que eu continuava no engarrafamento) e eu comecei então a dizer o número do meu telefone, mas não tinha como ele anotar...Homens! Sempre acham uma solução direta. Pediu para o carona dele me passar um cartão e ainda conferiu comigo se o nome do cartão era o dele!

O trânsito andou, ele seguiu e o carro de trás, já buzinando impaciente, aparece do meu lado. A visão: um hastafari no carona, um MC na direção e um Pai João no banco de trás da Quantum baleada! (Sem insufilm, com os vidros abertos e todos os caras com os braços pra fora) Dei um sorriso camarada e seguimos todos no mar de luzes vermelhas e uma amarela no meu painel.
Mulheres! Sempre acham que vai dar para chegar.

No próximo farol, o MC da Quantum pede para eu abrir o vidro e pergunta se eu não quero o cartão dele também. Quando pergunto o que ele faz, diz que é serralheiro, mas que faz outras coisas também. Amarelei com tanta objetividade!

Segui adiante. Consegui a parada e um posto de gasolina para abastecer. Ufa!

Volta e meia para casa, pensando no happy hour de sexta como antídoto para o stress, afinal já são 19h20 e o congestionamento no Minhocão continua. Meu GPS indica que é melhor aproveitar e conferir o número do cartão. Ligo para dizer o meu telefone e marcamos um encontro para semana que vem.

Sinal que terei mais trânsito pela frente, né?

Sílvia Tabarelli
a r q u i t e t a que mora em Sampa há 26 anos, mas não desiste de imaginar que está no paraíso.

PS: Não posso terminar sem registrar que Deus existe e, segundo uma amiga "linda, divina maravilhosa, perfeita e melhor tia", é pintudo, tem barriga de gominhos e cabelos longos. Um gato!"

terça-feira, 15 de abril de 2008

ADORARIA TER ESCRITO!!!!!!!!



São Paulo, sábado, 12 de abril de 2008
DRAUZIO VARELLA (FolhaSP)


A preguiça humana
Se você é daqueles que esperam a visita da disposição física para fazer exercícios, desista
MAL DESEMBARQUEI no aeroporto Santos Dumont, dei de cara com uma jibóia contorcida que avançava em passo de procissão. Era uma fila longa e grossa constituída por mulheres com trajes formais e homens de terno escuro, ejetados pelos aviões que aterrissavam no primeiro horário da manhã.Usuário contumaz da ponte aérea que liga São Paulo ao Rio, jamais havia me deparado com aquela aglomeração ordeira.Assim que a jibóia fez a curva, saí de lado para enxergar a origem do congestionamento. Não pude acreditar: a fila desembocava na boca da escada rolante. Ao lado dela, a escada comum, deserta como o Saara.Imaginei que houvesse alguma razão para tanta espera, quem sabe a escada mecânica estivesse obstruída; mas, como não percebi nenhum obstáculo, caminhei em direção a ela. Não fosse a companhia de um rapaz de mochila nas costas, dois degraus à minha frente, eu teria descido no desamparo.Se ainda fosse para subir a escada rolante, o esforço maior e a transpiração àquela hora da manhã talvez justificassem a falta de iniciativa. Os enfileirados, no entanto, berrando em seus celulares, em pleno vigor da atividade profissional, recusavam-se a movimentar as pernas mesmo para descer.Se perguntássemos para aquele povo se a vida sedentária faz bem à saúde, todos responderiam que não. Pessoas instruídas estão cansadas de ler a respeito dos benefícios que a atividade física traz para o corpo humano: melhora as condições cardiorrespiratórias, reduz o risco de doenças cardiovasculares, reumatismo, diabetes, hipertensão arterial, câncer, degenerações neurológicas etc.Por que, então, preferem aguardar pacientemente a descer um lance de degraus às custas das próprias pernas?Por uma razão simples: o exercício físico vai contra a natureza humana. Que outra explicação existiria para o fato de o sedentarismo ser praticamente universal entre os que conseguem ganhar a vida no conforto das cadeiras?A preguiça para movimentar o esqueleto não é privilégio de nossa espécie: nenhum animal adulto gasta energia à toa. No zoológico, leitor, você jamais encontrará uma onça dando um pique aeróbico, um gorila levantando peso, uma girafa galopando para melhorar a forma física. A escassez milenar de alimentos na natureza fez com que os animais adotassem a estratégia de reduzir o desperdício energético ao mínimo.A necessidade de poupar energia moldou o metabolismo de nossa espécie de maneira tal que toda caloria ingerida em excesso será armazenada sob a forma de gordura, defesa do organismo para enfrentar as agruras dos dias de jejuns prolongados que porventura possam ocorrer.Por causa dessas limitações biológicas, se você é daquelas pessoas que esperam a visita da disposição física para começar a fazer exercícios com regularidade, desista. Ela jamais virá. Disposição para sair da cama todos os dias, calçar o tênis e andar até o suor escorrer pelo rosto nenhum mortal tem.Encare a atividade física com disciplina militar ou esqueça-se dela. Na base do "quando der, eu faço", nunca dará.Falo por experiência própria. Sou corredor de distâncias longas há muitos anos. Às seis da manhã, chego no parque, abro a porta do carro e saio correndo. Não faço alongamento antes, como deveria, porque, se ficar parado, esticando os músculos, volto para a cama. Durante todo o percurso do primeiro quilômetro, meu cérebro é refém de um pensamento recorrente: não há o que justifique um homem passar por esse suplício.Daí em diante, as endorfinas liberadas na corrente sangüínea tornam o sofrimento mais suportável. Mas o exercício só fica bom, de fato, quando termina. Que sensação de paz e tranqüilidade! Que prazer traz a certeza de que posso passar o resto do dia sentado, sem o menor sentimento de culpa.Se eu perguntasse às pessoas daquela fila por que razão levam vidas sedentárias, todas apresentariam justificativas convincentes: excesso de trabalho, filhos que precisam ir para a escola, obrigações familiares, trânsito, falta de dinheiro, violência urbana.No passado, diante desses argumentos, eu ficava condoído e me calava. Os anos de profissão mudaram minha atitude, entretanto: escuto as explicações em silêncio, mas não me comovo com elas. O coração vira uma pedra de gelo. No final, quando meu interlocutor pergunta como poderia encontrar tempo para a atividade física regular, respondo:"Isso é problema seu."

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Rapidinha

Pesquisa rápida:

Por que quando caimos com alguma coisa na mão, sempre tentamos salvar a coisa e não o próprio corpo????

Um amiga foi categórica ao me contar seu tombo de joelhos. "Ainda bem que eu estava de bermudinha!!!! Já pensou no estrago que ia fazer no vestido de "casamento"??? Ah, o joelho já está sarando, já caiu a casquinha... E ainda consegui salvar os bem-casados!"

Eu, mesma, preparando uma festa surpresa, subindo as escadas apressada (é claro) com nada mais nada menos que o bolo, me estabaquei nos degraus, mas o bolo ficou intacto. Já minha coxa... ficou roxa por mais quinze dias.

Freud explica????!!!!!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Simples ou Simplório!

Eis uma questão que me assola, desde que recebi um e.mail...
O texto era simples, a escrita, simplória; o conteúdo simples , mas sincero e a forma ingênua, mas direta.
Imagino que para escrever, ela não demorou mais que alguns minutos; já eu, para responder, levei horas!
Explico: por adorar sintetizar as expressões, faço tamanhas elocubrações que acabam por espichar tanto a coisa, dando voltas e fazendo o sentido se perder. Para mim, uma explicação depende de outra, sempre! E quando me dou conta, estou estudando gramática para responder um simples e.mail.
Então, quando me deparei com aquele texto, enxerguei nele a oportunidade simplória de exercitar minha emoção simplesmente.
Ainda não sei se consegui, ela ainda não respondeu!

É isso!

PS:

simplório

{verbete}
Datação1836 cf. SCAcepções■ adjetivo e substantivo masculino que ou aquele que é muito crédulo; tolo, ingênuo, papalvo
Etimologia simples sob a f. simpl- + -ório; ver cheg- e plice; f.hist. 1836 simplorio; a datação é para o adj.
Sinônimos ver sinonímia de bronco, ingênuo e tolo
Antônimos astuto, esperto, sabido; ver tb.
Antonímia de tolo


simples

{verbete}
DataçãosXIII cf. AGCAcepções■ adjetivo de dois gêneros e dois números 1 que não é composto, múltiplo ou desdobrado em partes 2 que é feito de um elemento básico, que não se compõe de partes ou substâncias diferentes; singelo 3 que evita ornamentos dispensáveis ou afetação Ex.: a música s. do autor cativara o público cansado de composições afetadas 4 desprovido de elementos acessórios Ex.: a decoração da casa é s., apenas o essencial 5 que é elementar, não apresentando qualquer embaraço para sua compreensão Ex.: uma questão s. 6 isento de significações secundárias; mero, puro Obs.: ver gram/uso a seguir Ex.: dirigiu-lhe um s. cumprimento 7 que não é acompanhado ou auxiliado por outrem; só, único Ex.: um s. funcionário encarregado de toda a recepção 8 que está num nível pouco elevado de uma escala hierárquica; que não possui graduação, título, nem exerce função de responsabilidade Obs.: ver gram/uso a seguir Ex.: um s. soldado 9 que não é sofisticado; modesto, singelo; habitual, comum Ex.: comida s. 10 sem luxo, sem ostentação; singelo, modesto Ex.: levava uma vida s. 11 que é espontâneo, franco e ignora simulações ou fingimento Ex.: desde jovem era uma mulher pouco dada a falsidades, um caráter s. 12 Rubrica: fonética. formado por uma única vibração (diz-se de som vibrante); p.ex., o som do r de caro 13 Rubrica: gramática, lingüística. que é constituída por uma única raiz ou um único radical (diz-se de palavra); p.ex., livro, livreiro, mulher etc. Obs.: p.opos. a composto 14 Rubrica: gramática. formado de uma única oração (diz-se de período) Obs.: p.opos. a composto 15 Rubrica: gramática. formado por um só núcleo (diz-se de sujeito) Obs.: p.opos. a composto 16 Rubrica: morfologia botânica. que tem apenas uma série de pétalas (diz-se de flor ou corola); singelo Obs.: p.opos. a dobrado 17 Rubrica: morfologia botânica. que tem o limbo indiviso (diz-se de folha); íntegro Obs.: p.opos. a composto ■ adjetivo de dois gêneros e dois números e substantivo de dois gêneros e dois números 18 que ou aquele que é pobre, que não possui recursos materiais Ex.: <é um s.> 19 diz-se de ou pessoa que é ingênua, crédula e sem malícia Ex.: <é uma pessoa s., sempre disposta a confiar nos outros> 20 que ou aquele que só possui conhecimentos rudimentares, que não tem grande experiência Ex.: adorar sem compreender é próprio dos (homens) s. ■ substantivo de dois gêneros e dois números Diacronismo: obsoleto. 21 qualquer erva de ação medicamentosa ■ advérbio 22 de modo ou maneira despretensiosa, com simplicidade Ex.: anda vestida s. Etimologia lat. simplex,ìcis 'singelo, não composto, só, único', lit. 'que só é dobrado uma vez', tendo tomado o sentido moral de 'não complicado'; Ernout e Meillet chamam a atenção para o fato de o adj. ser formado pelo el. latino sim- (o mesmo que figura em singùlus e sincérrus) e -plex 'que se dobra'; cp. o divg. símplex; ver plice e cheg-; f.hist. sXIII simplez, sXIV cimplez, sXIV simplezes, sXIV simplizes, sXIV simplex, sXIV sinpliz, sXIV simprez, sXIV siplez, 1589 simple adj., sXIV simplezes subst.
Sinônimos como adj.: ver antonímia de luxuoso; como adj.: ver sinonímia de comum e ingênuo; como adj.: ver sinonímia de compreensível; como adj.2g.2n.s.2g.2n.: ver sinonímia de bronco e tolo e antonímia de presumido
Antônimos como adj.: ver sinonímia de luxuoso; como adj.: afetado, amaneirado, cerimonioso, complexo, complicado, composto, espetaculoso, implexo, intricado, intrincado, meândrico, multíplice, múltiplo; ver tb.
antonímia de comum; como adj.: ver antonímia de compreensível; como adj.2g.2n.s.2g.2n.: ver antonímia de tolo e sinonímia de presumido

sexta-feira, 14 de março de 2008

Las Lurdes



"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa

REFERÊNCIAS


Caro Paulo,
Que bom que você chegou de viagem e a gente vai poder se encontrar. Temos uma pauta comprida para conversar. O tema é sustentabilidade, né? Esse assunto é tão novo que quando teclo a palavra no meu PC o corretor de ortografia registra erro, mas não tem sugestão correta.
Pois é, outro dia, eu voltava para o escritório de táxi – agora em SP eu só ando de táxi para usufruir dos corredores de ônibus. Atenção, taxistas: promovam abaixo-assinado com seus passageiros para o Serra manter a decisão de 24 horas livre! – então, estava eu no táxi, distraído com os meus pensamentos nas vítimas do Katrina e do Bush, quando uma voz feminina vinda da rua chamou minha atenção: "Só Deus sabe o que está acontecendo agora". Olhei para o lado, o sinal tinha fechado e o táxi por acaso tinha parado a um metro de um ponto de ônibus onde duas moças conversavam. Foi o tempo de a frase entrar no meu ouvido para o carro começar a se movimentar. As moças ficaram para trás e eu segui em frente com aquela frase ecoando no meu cérebro: "Só Deus sabe o que está acontecendo agora". Soltas dentro da minha cabeça aquelas palavras iam se repetindo e se debatendo procurando um lugar para se acomodar. E quanto mais elas se debatiam e se repetiam o seu significado ia aumentando e menos elas se encaixavam numa das gavetas do meu cérebro. Até que eu desisti e decidi contemplá-las, sem referência nem contexto, para saber aonde elas me levariam. "Só Deus sabe o que está acontecendo agora." "Só Deus sabe o que está acontecendo agora."
Não era uma frase banal apesar de corriqueira. Pelo contrário, era a maior e mais simples verdade que eu tinha ouvido nos últimos tempos. Aceitando a verdade irrefutável, me rendi e relaxei. Minha cabeça, que tinha estacionado em Nova Orleans, voou para Zagreb, na Croácia, onde minha filha Shubi está correndo uma prova de aventura, voltou rápido para Barcelona, onde meu filho Pedro está morando, até chegar a Brasília, tentando saber o que o Severino e o Zé Dirceu estariam conspirando para se manter no poder. "Só Deus sabe o que está acontecendo agora."
Perguntei a mim mesmo se essa ignorância, essa incerteza, era um sinal dos tempos modernos. A primeira resposta que me veio era viciada nas análises do mundo dos negócios que mostram que o número de variáveis controláveis é cada vez menor e a imprevisibilidade do futuro cada vez maior, resultado da aceleração do tempo, da tecnologia da comunicação, da globalização etc. É isso, mas não é só isso. Afinal, tsunamis e furacões sempre existiram e filhos sempre moraram longe dos pais. Fui mais fundo. O que eu tinha que aprender com essa frase? Será que a resposta estava em encontrar um jeito de saber o que está acontecendo agora?
Como saber que a empresa em que eu trabalho pode estar sendo vendida e minha carreira tranqüila vai viver um tsunami sem precedentes? Como saber que nesse minuto terroristas explodem poços de petróleo no Oriente comprometendo a sustentabilidade da sociedade que ainda depende dessa matéria-prima?
Não. Meu sossego não estava em saber, mas em confiar em quem sabe.
Fiquei com medo de chegar a uma conclusão simplista e acomodada tipo "entregar pra Deus", "seja o que Deus quiser". Estou velho demais para cair nessa. E resolvi encarar: dá para confiar nesse que é o único que sabe o que está acontecendo agora?
Achei minha dúvida meio arrogante. Com medo do inferno, voltei para os meus tempos de catecismo em Barbacena, lembrei da criação do homem e concluí: se eu fui feito à sua imagem e semelhança, dá para imaginar como funciona sua cabeça e aonde ele quer chegar com tudo isso. Então dá para confiar (ou ser feliz como dizem seus amigos do Butão na excelente Trip # 136).
O táxi chegou. E eu estava tranqüilo. Minha conclusão: não confia quem não tem boas referências de Deus, isto é, não se acha feito à sua imagem e semelhança.
Chega de filosofia, mesmo, que confiar é uma experiência pessoal e intransferível. E vamos fazer a nossa parte: confirmado nosso encontro para falar de sustentabilidade.
Divinas saudações,
Ricardo
*RICARDO GUIMARÃES, 56, É PRESIDENTE DA THYMUS. NÃO É DEUS, MAS SABE UMA COISINHA OU OUTRA. SEU E-MAIL É
RGUIMARAES@TRIP.COM.BR

segunda-feira, 3 de março de 2008

vinícius


reflexões II

DEFICIÊNCIAS
Mario Quintana
(escritor gaúcho nascidoem 30/07/1906 e morto em 05/05/1994 )

'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida,
aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em quevive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. 'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui. 'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer defrio, 'de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. 'Surdo' é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.'Paralítico' é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.'Diabético' é quem não consegue ser doce.
'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
'Miseráveis' são todos que não conseguem falar com Deus.
'A amizade é um amor que nunca morre.'