quarta-feira, 16 de abril de 2008

À QUATRO MÃOS...


Escuta essa!

"Caraca! Hoje aconteceu o que eu temia. Tive que enfrentar o trânsito infernal de Sampa. Ossos do ofício!

O destino foi Guarulhos, 14h00, visitar a obra da prima que casa daqui um mês e quer casa.
Portanto, compromisso inadiável mesmo. Os contratempos da obra serão um capítulo à parte.

O retorno se deu às 17hs, por rota alternativa, pois, na ida, a Marginal já indicava a situação sinistra na volta. Aproveitando a ocasião temida, optei por enfiar o pé na jaca e resolver uma parada pessoal.

Graças à inspiração divina, depois de uma hora para ir do Campo de Marte ao Anhangabaú (para quem não conhece, um percurso de aproximadamente 5 km), vazei pela 09 de Julho para pegar o Minhocão, segundo indicação do meu irmão "GPS Ronison". Bingo, estava lotado, mas andava!

A parada valia a pena, portanto meu nível de stress tava dominado. Tão dominado que o cara do carro ao lado abaixa o vidro (insufilmado) e resolve me dizer que eu tenho um rosto lindo e que queria meu telefone.

Gentem! Vocês têm noção do que é isso depois de quase 2 horas no trânsito, sem poder ligar o ar condicionado por estar febril de resfriado e com a gasolina na reserva????!!!!!

Agradeci e não acreditei que aquele almofadinha na Mercedez preta tava dando mole pra mim. Claro! Ele insistiu (não se esqueça que eu continuava no engarrafamento) e eu comecei então a dizer o número do meu telefone, mas não tinha como ele anotar...Homens! Sempre acham uma solução direta. Pediu para o carona dele me passar um cartão e ainda conferiu comigo se o nome do cartão era o dele!

O trânsito andou, ele seguiu e o carro de trás, já buzinando impaciente, aparece do meu lado. A visão: um hastafari no carona, um MC na direção e um Pai João no banco de trás da Quantum baleada! (Sem insufilm, com os vidros abertos e todos os caras com os braços pra fora) Dei um sorriso camarada e seguimos todos no mar de luzes vermelhas e uma amarela no meu painel.
Mulheres! Sempre acham que vai dar para chegar.

No próximo farol, o MC da Quantum pede para eu abrir o vidro e pergunta se eu não quero o cartão dele também. Quando pergunto o que ele faz, diz que é serralheiro, mas que faz outras coisas também. Amarelei com tanta objetividade!

Segui adiante. Consegui a parada e um posto de gasolina para abastecer. Ufa!

Volta e meia para casa, pensando no happy hour de sexta como antídoto para o stress, afinal já são 19h20 e o congestionamento no Minhocão continua. Meu GPS indica que é melhor aproveitar e conferir o número do cartão. Ligo para dizer o meu telefone e marcamos um encontro para semana que vem.

Sinal que terei mais trânsito pela frente, né?

Sílvia Tabarelli
a r q u i t e t a que mora em Sampa há 26 anos, mas não desiste de imaginar que está no paraíso.

PS: Não posso terminar sem registrar que Deus existe e, segundo uma amiga "linda, divina maravilhosa, perfeita e melhor tia", é pintudo, tem barriga de gominhos e cabelos longos. Um gato!"

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